“A Língua serve para conversarmos com o mundo inteiro”

“A Língua serve para conversarmos com o mundo inteiro”

Estudante e professora do Colégio Teutônia retornam de período de estudos na Alemanha

“Foi incrível, uma experiência maravilhosa, momentos de troca. Além do aprendizado, pude fazer novas amizades e conhecer pontos turísticos. A mala já está pronta para voltar assim que surgirem novas oportunidades.” Essa é a avaliação da jovem Ana Luísa Schwambach (15), de Teutônia, estudante da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Teutônia. Durante três semanas no mês de julho, ela realizou curso de Língua Alemã na Alemanha.

Ela foi contemplada com a bolsa JuKu (Jugendkurs, direcionado para jovens que buscam aprimorar o nível da Língua), da Iniciativa PASCH no Brasil e do Goethe Institut, uma parceria do governo alemão com mais de duas mil escolas em 120 países, que incentiva esse aprendizado da Língua Alemã e que envolve estudantes e professores. O Colégio Teutônia integra esta iniciativa de Escolas Parceiras no Rio Grande do Sul.

Todos os participantes do JuKu (Jugendkurs, direcionado para jovens que buscam aprimorar o nível da Língua) de Dresden

Momentos de troca

Ana Luísa esteve na cidade de Dresden, capital do Estado da Saxônia, no leste da Alemanha. “Fiquei num alojamento com vários outros jovens. No dia a dia tínhamos aulas, além da possibilidade de passeios. Consegui me comunicar bem com professores, monitores e outros estudantes. Minha colega de quarto era ucraniana, e esse contato foi bem legal, com muita troca de informações sobre outras culturas e costumes”, comenta, feliz com o aprimoramento na Língua Alemã. “Muitos colegas do Colégio Teutônia já me falaram que querem participar também e vão se inscrever para o próximo ano”, revela Ana Luísa, agradecendo ao CT pela experiência. “Acho que nunca mais vou viver algo parecido novamente.”

Ana Luísa Schwambach, estudante da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Teutônia: “Acho que nunca mais vou viver algo parecido novamente”
Estudantes brasileiros na Länderabend, a festa dos diferentes países

A professora de Língua Alemã do CT, Angelita Lohmann, também esteve neste período em Berlim para curso de formação pedagógica. “Este ano, depois das restrições impostas pela pandemia, pudemos retomar o curso de forma presencial. Os estudantes que se candidatam precisam estar num certo nível de aprendizado da Língua Alemã para poderem acompanhar as aulas e o dia a dia na Alemanha. O Alemão da Ana Luísa evoluiu muito nessas três semanas, ela voltou ‘pensando em Alemão’. Ver essa evolução é a minha alegria como professora e ela serve como influência positiva para os colegas, mostra as vantagens e o quanto se pode conquistar”, comenta Angelita, acrescentando que o CT já teve outros alunos nesse curso, porém no formato online.

Professora de Língua Alemã do CT, Angelita Lohmann, esteve em Berlim para curso de formação pedagógica

Sobre a formação de professores, Angelita ressalta a diversidade. “Havia professores de Alemão vindos de lugares como o Nepal, Mongólia, Tadjiquistão, Oman, Quênia, ou seja, muita cultura e informação, uma troca muito rica. E o aprendizado segue mesmo depois das três semanas lá: a Ana continua falando com os novos amigos que fez, eu continuo trocando materiais com esses professores de outros lugares do mundo. O trabalho que eu só fazia na minha sala de aula, agora estou trocando com professores desses outros países. É pra isso que serve a Língua, para conversarmos não somente em sala de aula, mas para conversarmos com o mundo inteiro. E se é o Alemão que nos une, que bom.”

Os professores de 15 diferentes nacionalidades. Professora Angelita Lohmann está agachada à direita

O Colégio Teutônia possui ampla infraestrutura para o aprendizado das Línguas, com participação em diversos cursos e concursos, possibilidade de outras bolsas para formação acadêmica na Alemanha, além do Programa Bilíngue em Inglês e da oferta do Espanhol para o Ensino Médio. “E como Wittgenstein já disse: ‘Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo’. Que seja vasto este mundo de quem aprende mais uma Língua”, conclui Angelita.

TEXTO – Leandro Augusto Hamester

CRÉDITO DAS FOTOS – Arquivo pessoal