A capacidade de aprendizagem de crianças e adolescentes esteve em debate no Colégio Teutônia

A capacidade de aprendizagem de crianças e adolescentes esteve em debate no Colégio Teutônia

Pais e responsáveis de estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio participam de palestra

“Neurociência e aprendizagem – como o cérebro funciona no processo de aquisição de uma língua adicional” foi tema da aula inaugural para pais e responsáveis de estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio do Colégio Teutônia. Num auditório lotado, o assunto foi abordado pela mestre em Educação, Vanessa Tenório, especialista em Marketing e em Neurociência e Comportamento, pesquisadora e autora de material didático para o contexto bilíngue.

Auditório Central do Colégio Teutônia esteve lotado para o evento

O diretor do CT, Mauro Alberto Nüske, valorizou a presença das famílias no evento. “Estes são momentos valiosos que a escola oportuniza, trazendo profissionais que contribuem com conteúdo e orientações, trazem suas diferentes experiências para o que o Colégio Teutônia faz com muito carinho e dedicação, que é o processo de ensino-aprendizagem dos nossos estudantes”, disse.

A coordenadora geral do CT, Andrea Wallauer, fez questão de valorizar as pessoas. “Escola é feita de gente, de pessoas, e a participação dos pais e responsáveis deixa nossa instituição muito mais forte”, afirmou, seguida de apresentação individual dos professores do educandário. “São esses profissionais que passam 800 horas, 200 dias letivos no ano com os alunos e têm a responsabilidade de formar estudantes e cidadãos cada vez melhores”, acrescentou Andrea.

Neurociência e aprendizagem

Vanessa Tenório: “Não podemos apenas valorizar a nota do estudante, mas o esforço que ele fez, esforço que, em algum momento, vai levar ao resultado”

Vanessa falou da capacidade de aprendizado das novas gerações, que também se sobressaem no aprendizado bilíngue. “O cérebro das crianças é muito potente, o que influi na sua capacidade de internalizar uma língua naturalmente”, valorizou.

Nesse contexto, a pesquisadora explicou o processo de aprendizagem. “Expomos os estudantes à Língua como ela é falada. Eles aprendem conteúdos de diversas disciplinas usando a Língua como meio de comunicação e instrução, e não apenas aprendem sobre essa Língua. Com as crianças esse processo é mais fácil, pois não têm a barreira social do ‘não posso errar’. Esse ‘bloqueio’ começa a ficar muito presente nos adolescentes, então, se os estudantes se apropriam da Língua mais cedo, essa caminhada é facilitada”, resumiu.

A palestrante também valorizou questões do cotidiano para uma melhor aprendizagem. “Atenção é fundamental para aprender, assim como o sono é muito importante. Dormir pouco consolida pouco a memória e as pessoas aprendem pouco; o que vemos durante o dia se consolida durante a noite”, enumerou.

Nessa mesma linha, ela alertou para o trabalho em sala de aula. “O mais importante é o professor conseguir ter a atenção do estudante. Se não houver a participação ativa do aluno, dificilmente ele ficará ouvindo atentamente por 50 minutos de aula. É preciso despertar a curiosidade, pois se só falar, perde a atenção rapidamente, qualquer coisa tira o foco. A atenção é o primeiro canal para a aprendizagem. A mágica de uma aula boa é conseguir com que os alunos estejam interessados em mergulhar e participar ativamente. Professor que consegue trazer o estudante para perto dele, que acolhe e que acredita no aluno, dá um passo importante para a aprendizagem, assim como pais que acreditam no potencial dos filhos. Não podemos apenas valorizar a nota do estudante, mas o esforço que ele fez, esforço que, em algum momento, vai levar ao resultado”, concluiu Vanessa.

TEXTO – Leandro Augusto Hamester

CRÉDITO DAS FOTOS – Leandro Augusto Hamester