Humanização do processo escolar pauta formação continuada para professores do Colégio Teutônia

Humanização do processo escolar pauta formação continuada para professores do Colégio Teutônia

No dia 09 de setembro o Colégio Teutônia realizou formação continuada para professores da instituição. Na oportunidade, o especialista em Educação da Primeira Infância, doutor em Educação e pesquisador da infância, Roger Hansen, ministrou o curso “Formação de Educadores – Fundamentos da Pedagogia Florença”, metodologia criada pelo próprio educador. Trata-se de um método inovador que trabalha a humanização do processo escolar para crianças de zero a seis anos de idade.

A formação abordou o desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de vida e os métodos mais efetivos para a abordagem escolar nessa fase da vida. “O curso estimulou uma visão mais humana na relação entre professores e estudantes, o que transforma um ambiente escolar. A proposta objetivou proporcionar conhecimento prático aos profissionais e equipes que atuam na área da Educação Infantil, ao mesmo tempo em que envolveu professores de Português, Inglês, Língua Alemã e Educação Física, pois entender a relação íntima de aprender a falar e a ler, ou seja, compreender o processo de aquisição da linguagem, já nos primeiros anos de vida, é um marco essencial na construção de aprendizagens significativas”, destaca a coordenadora pedagógica geral do CT, Andrea Wallauer.

 

Hansen comparou abordagens convencionais e a Pedagogia Florença. Nesse contexto, falou do processo de aceleração na sociedade. “Isso é reflexo do fenômeno da globalização, quanto mais rápido melhor, tempo é dinheiro, então precisamos correr. Essa ideia de acelerar não leva a nada, nenhum estudo prova que melhora, pelo contrário, matamos impulsos criativos das crianças. Isso afeta a sociedade, desenvolvendo casos de ansiedade, depressão e inúmeros problemas psicológicos”, exemplificou.

Para o palestrante, “quando aceleramos, tornamos as experiências superficiais, que originam um sentimento de vazio para o ser humano. Isso afeta desde o adulto até a criança que chega na Educação Infantil”.

Entre outras dicas, ele destacou que deve haver um equilíbrio entre as atividades diretivas (quando o professor diz o que vai acontecer) e as atividades não-diretivas (quando a criança escolhe o que vai fazer). “De zero aos três anos devemos criar um ambiente em que as atividades não são programadas, um ambiente seguro para as crianças fazerem por si próprias, criar um ambiente para aprendizados espontâneos. A partir dos três anos, as crianças começam a ter estruturas mentais que fazem elas aceitarem atividades diretivas”, explicou Hansen.

Por fim, o palestrante enfatizou: a necessidade de um novo olhar para a criança e sua educação inicia na faixa etária dos bebês e segue além em todos os níveis. “As atividades, o que a criança faz, não é o mais importante. O importante é quem e como ela é, e ela precisa aprender a ser ela mesma. Não focar no fazer, mas no ser. A criança precisa ser feliz, crianças brincam de aprender, e o professor deve observar, estar atento, sereno e tranquilo. O maior valor da Pedagogia Florença é permitir que a imensa vida que existe no interior da criança ganhe a sua mais bela expressão”, defendeu.

TEXTO – Leandro Augusto Hamester 

CRÉDITO DAS FOTOS – Leandro Augusto Hamester