Estudantes do Colégio Teutônia retornam “afiados” de intercâmbio no Canadá

Estudantes do Colégio Teutônia retornam “afiados” de intercâmbio no Canadá

Língua Inglesa

Grupo esteve em Toronto por duas semanas para aprimoramento do idioma e novos conhecimentos de mundo

Lugares espetaculares, como a Casa Loma, um castelo muito luxuoso e cheio de história, integraram roteiro no Canadá

“Foi uma experiência incrível, pois os estudantes puderam aprimorar os seus conhecimentos do idioma, vivenciar uma cultura diferente e adquirir mais autonomia, uma vez que precisavam gerenciar os seus gastos, lavar a sua roupa e aprender a pegar o metrô na maior cidade do Canadá. Certamente foi um crescimento em todos os sentidos. Percebe-se que os estudantes estão mais seguros para a comunicação em Língua Inglesa. Eles enfrentaram a barreira da insegurança do idioma e viram que é possível, estão mais responsáveis, com uma maior consciência de mundo, visto que Toronto é uma cidade multicultural, que recebe diversas raças e etnias.” Dessa forma a professora Creise Steffens Baukat qualifica o primeiro intercâmbio de Língua Inglesa do Colégio Teutônia, desenvolvido numa parceria com a escola de inglês Joy Idiomas.

 

Aprendizado e cultura

 

No período de 14 a 29 de julho o grupo, que contou com estudantes do Ensino Médio do Colégio Teutônia, esteve em Toronto para período especial de prática da Língua Inglesa, além da oportunidade ímpar de conhecer mais sobre a cultura canadense. Eles frequentaram as aulas no Language Studio International (LSI), de segunda a sexta-feira, no turno da manhã. À tarde e nos finais de semana, realizaram passeios pelos principais pontos turísticos locais, como a CN Tower, a Casa Loma, as Cataratas do Niágara, o Museu Real de Ontário, o Canada’s Wonderland, a Galeria de Arte de Ontário e o Ripley’s Aquarium. “Além do aprendizado, conheceram lugares espetaculares. A Casa Loma é um castelo muito luxuoso e cheio de história; o passeio de barco pelas Cataratas do Niágara foi emocionante; e o parque de diversões Canada’s Wonderland foi muito divertido, com todos os seus brinquedos radicais”, revela a professora.

 

Hospedagem em casas de família

 

Hospedados em casas de família, os estudantes recebiam café da manhã e janta, com encontros enriquecedores, compartilhando do dia a dia das famílias hospedeiras. E a língua, de fato, não foi problema. “Todos estavam preparados quanto ao idioma e receberam orientações sobre alguns aspectos legais e culturais do Canadá. Acredito que o maior desafio tenha sido aprender a se deslocar sozinho de ônibus e de metrô na maior cidade canadense. Mesmo assim, foram necessários apenas dois dias para que compreendessem o funcionamento do sistema de transporte de Toronto. É tudo muito organizado”, afirma Creise.

 

“Uma experiência magnífica”

 

Natália Moreira Plentz (15), estudante da 1ª série do Ensino Médio do CT, ressalta que o período de intercâmbio auxiliou para estimular sua capacidade de raciocinar em Inglês. “Foi um período de aprendizado prático, tendo que lidar com situações cotidianas em outro país, que fala uma língua que estou estudando, mas que não é minha língua materna e que não uso diariamente. Incrementei meu vocabulário e meu conhecimento sobre a cultura canadense, aprendizados que levarei para a vida toda”, avalia.

Assim como a professora imaginava, de fato o ambiente de cidade grande foi um choque de realidades. “Saí de uma cidade pequena, para ir a maior cidade canadense, o que causa um impacto. Aqui, vamos a pé, de bicicleta ou de carro para a escola, em no máximo 15 minutos, enquanto que lá precisamos aprender a nos locomover com metrô, levando de 40 minutos a uma hora para chegarmos à escola. Mas, as pessoas são todas muito gentis e solidárias, então a adaptação foi tranquila. No começo foi mais difícil se acostumar a falar uma língua estrangeira o dia todo, mas com o passar dos dias fui me adaptando”, recorda Natália.

A miscigenação em terras canadenses também chamou atenção. “Toronto é a cidade mais multicultural do mundo, por isso a maioria de nós ficou em casas de família que não eram nativas. Esse contato com diferentes pessoas do mundo e suas culturas foi muito prazeroso. Vários colegas eram brasileiros, mas de outras partes do país, o que contribuiu para que também pudesse conhecer um pouco mais da nossa cultura”, comenta a jovem que ficou hospedada em uma casa de família portuguesa, que reside no Canadá há três anos. “Adorei passar esse tempo com eles. É uma família muito atenciosa, humilde, divertida e que nos recebeu de braços abertos em sua casa”, frisa, lembrando que teve a oportunidade de provar refeições típicas de Portugal, do Canadá e até da Índia.

Os deslocamentos de metrô na maior cidade canadense contribuíram para desenvolver a autonomia, numa realidade completamente diferente da qual estão acostumados em Teutônia

 

 Evolução com a imersão, alegria com as vibrações canadenses

 

“Foi, com certeza, um divisor de águas. Conheci culturas, experimentei comidas diferentes de tudo que já comi, aprendi que o mundo é gigante não apenas em tamanho, mas também em oportunidades. Vivi um pedaço do meu grande sonho e confirmei o que já sabia: nada no mundo nos tira as lembranças, experiências e conhecimentos obtidos”, avalia a jovem Maria Dupont Schwingel (16), da 3ª série do Ensino Médio do CT.

Ela salienta que em duas semanas foi possível conhecer as principais atrações e “sentir a vibração” da cidade, ampliando o coro para o uso do transporte público como uma conquista importante. “A cidade e seus moradores sempre estavam muito dispostos a nos ajudar, então mesmo não conhecendo a logística de Toronto, creio que tudo foi muito tranquilo.”

Maria destaca que a evolução na Língua Inglesa é muito grande. “Sempre estudei inglês e sentia que estava preparada para enfrentar qualquer ‘small talk’ ou desafio que tivesse durante a viagem, o que se confirmou. Entretanto, meu entendimento da língua evoluiu muito em razão da quase completa imersão. Minhas expectativas foram totalmente atendidas e até superadas, não imaginava que tão pouco tempo em Toronto me trariam tanto aprendizado e alegria”, recorda, já em tom um tanto quanto saudosista.

O convívio com a família hospedeira também merece destaque. “Pessoas incríveis. Muito receptivas, preocupadas e interessadas. Conversávamos por horas sobre a realidade de cada país e planos para o futuro. A hospedagem tornou a viajem ainda mais especial, possibilidade extra de treinar a língua. Além disso, o convívio com colegas de outros locais do mundo na escola também foi especial. Franceses, italianos, russos, mexicanos, cada um com o seu sotaque, o que até dificultava o entendimento e nos desafiava a cada dia, mas ao mesmo tempo representou grandes avanços na capacidade de entender o que ouvimos”, explica Maria.

No que se refere aos passeios e visitação aos principais pontos turísticos locais, ela lembra com carinho da Casa Loma e da Galeria de Arte de Toronto. “Pudemos aprender e apreciar a realidade e os valores de uma outra época”, conclui.

Grupo teutoniense em frente a um dos tradicionais e históricos ônibus escolares canadenses

 

TEXTO – Leandro Augusto Hamester

CRÉDITO DAS FOTOS – Divulgação Colégio Teutônia